quinta-feira, 3 de setembro de 2015

[Exploring Morocco] the Blues of Chefchaouen

Recordo com carinho a última vez que pisei solo árabe africano, há alguns anos atrás. Duas parecenças imediatas: a caoticidade do trânsito e o amor à bandeira nacional.  
Depois de aprendermos todo um novo conceito de ultrapassagens em estradas nacionais lá chegamos a Chefchaouen. Não só é a cidade azul, mas também a cidade dos gatos e dos Mohameds. O Mohamed andou atrás de nós sensivelmente meia hora até receber o pagamento que ele considerava adequado para o seu serviço de guia, transportador de bagagem e vigia nocturno da moto. Infelizmente para nós, só notas se adequavam! Quando nos livramos do Mohamed, fomos almoçar num restaurante tradicional e pacato. Aí apareceram os gatos, "outros Mohameds" diz o Ruben. Escanzelados e remelentos ficaram a encarar o meu cordeiro até desaparecer do prato. No final da refeição já eram 7 os "Mohameds".





O resto da tarde passou a correr, entre subidas e descidas em ruelas azuis (turquesa, violeta, celeste, marinho e todas as outras tonalidades que as mulheres têm tendência a dar nome), entre festas a gatos, fotografias e Mohameds com o seu discurso habitual "Italianos?!" "No, Portugueses." "Ahh, queres queres, não queres, não queres!!". Rimo-nos e prosseguimos caminho.

Hoje cedo, quando abri o porta do quarto, saltou um gato felpudo para dentro. Com alguma relutância, lá saiu do quarto e ainda permitiu que lhe tirasse uma foto de perfil. Minutos mais tarde, já de saída, um gatinho raquítico com não mais de dois meses saltou para o capacete pousado no chão. A vontade era traze-lo; mas lá ficou e nós seguimos rumo a Meknès.









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